O jejum intermitente, que consiste em períodos de tempo sem ingestão de alimentos, tem ganhado popularidade nos últimos anos.
Um estudo recente mostrou que o jejum intermitente é tão eficaz quanto a restrição calórica para a perda de peso.
No entanto, outros estudos indicaram que o jejum intermitente pode ter efeitos nos hormônios, especialmente os hormônios reprodutivos.
O estudo foi conduzido com 23 participantes, sendo 12 na pré-menopausa e 11 na pós-menopausa, todas com obesidade e índice de massa corporal (IMC) entre 30 e 49,9.
O programa de jejum intermitente durou 8 semanas, com períodos de jejum de 4 ou 6 horas. Os participantes do grupo de 4 horas podiam comer livremente entre as 15h e as 19h, consumindo apenas água ou bebidas sem calorias nas horas restantes. O outro grupo, com jejum de 8 horas, podia comer livremente entre as 13h e as 19h.
Foram coletadas amostras de sangue em jejum de 12 horas no início e durante as 8 semanas de estudo. Os pesquisadores mediram a concentração de testosterona, androstenediona, SHBG, DHEA, estradiol, progesterona e estrona nas participantes pós-menopausa.
Ambos os grupos apresentaram perda de peso, com uma média de 3% de redução na massa corporal para as participantes na pré-menopausa e 4% para as participantes na pós-menopausa.
Um dos hormônios mais afetados pelas mudanças na alimentação foi o DHEA, que diminuiu após 8 semanas de jejum intermitente.
O DHEA desempenha um papel importante na produção de estrogênio e hormônios androgênicos. Baixos níveis de DHEA estão associados a queda na libido, secura vaginal e osteoporose em mulheres.
Embora se acredite que baixos níveis de DHEA possam afetar a fertilidade, são necessárias mais pesquisas para confirmar essa relação.
Em conclusão, este estudo foi realizado em mulheres com obesidade, e mais pesquisas são necessárias para determinar se os resultados podem ser aplicados a todos.